Nova Diretoria, Antiga Missão!

projeto bagagem


A Travindy.Brasil quer dar as boas vindas para a nova diretoria do Projeto Bagagem!

Primeiramente, gente, gostaria que cada uma de vocês se apresentasse brevemente para o público da Travindy.Brasil.

Polyana de Oliveira, é internacionalista, e possui MBA em gestão de negócios e inovação. Ela tem passagem profissional em ONGs, Centro de Pesquisa, e marketing digital, antes de ingressar sua jornada no turismo. Hoje é diretora da Viare Travel, agência de viagens que atua com o turismo responsável e receptivo com uma proposta de apresentar viajantes do mundo inteiro à fornecedores locais e comunidades ao redor do Brasil. Atual presidente do Projeto Bagagem na gestão de 2020 a 2023.

Werter Valentim de Moraes, Engenheiro Florestal com doutorado na área de Indicadores de TC. Com trabalhos de consultoria em diversos Destinos no Brasil, sendo os últimos na Ilha do Bananal no Tocantins (maior ilha fluvial do mundo) com etnoturismo indígena com os Karajás, projeto financiado pelo Programa das Nações Unidas, e o Caminho do Sertão, sobre a obra do escritor Guimarães Rosa, uma rota ecoliterária de 180 km entre a comunidade tradicional de Sagarana ao Parque Nacional do Grande Sertão Veredas. Atualmente como vice-presidente do Projeto Bagagem na gestão de 2020 a 2023.

Ederon Marques é historiador e sócio-diretor da Araribá Turismo & Cultura, membro da OITS – Organização Internacional de Turismo Social. Guia credenciado (EMBRATUR), atua na região do Vale do Ribeira desde 1996 com ênfase no turismo comunitário, em diversas frentes ligadas a articulação, promoção e disseminação de práticas socioculturais sustentáveis, como processos participativos e colaborativos de organização comunitária, diversidade cultural, economia solidária e direitos humanos e sociais. Atualmente é diretor-financeiro do Projeto Bagagem na gestão de 2020 a 2023.

Como essa nova diretoria se posiciona na história e na evolução do Projeto Bagagem?

Existe muita receptividade do TC no Brasil. No entanto, precisamos dar visibilidade a novos destinos que vem trabalhando de forma exemplar os princípios do TC, mas que não estão sendo aproveitados/comercializados pelas agências e operadoras de turismo sustentável/responsável. Estamos dispostos a apoiar estas iniciativas para que acessem recursos e condições para se posicionarem no mercado enquanto destinos de TC.

Buscamos também trazer mais conteúdos para todos os envolvidos no turismo comunitário brasileiro. Queremos proporcionar trocas e intercâmbios presenciais, virtuais e educativos, e aprendizados para a evolução de todos no TC brasileiro.

Além disso, o Projeto Bagagem busca mais comunicação com todas as comunidades atuantes, através de um mapeamento do TC no Brasil, visando não só uma criação de banco de dados destas iniciativas, mas também uma ampla consulta às comunidades sobre as formas de interação e colaboração com/pela ONG em todas as áreas que possam contribuir com o desenvolvimento desta atividade.

Sabemos que o objetivo da Bagagem é alcançar “o desenvolvimento de comunidades no Brasil, através do turismo sustentável”, como esse nova diretoria pretende atuar isso de forma renovada na prática?

Estamos imbuídos em procurar parceiros que possam apoiar por meio de financiamento a fundo perdido, melhorias nas infra-estruturas destas comunidades tradicionais que são os destinos de TC no Brasil. Pois com esta pandemia, a grande maioria estará impossibilitada de receber turistas por não terem as condições exigidas de segurança.  

Para tanto, um dos desafios enquanto missão do Projeto Bagagem, será a atualizaçãodo mapeamento das iniciativas de TC no Brasil que também servirá como forma de demonstrar a necessidade destes recursos financeiros para a estruturação destes destinos.

Quais são os principais nós do TBC do Brasil hoje em dia?

Garantir dignidade para as comunidades tradicionais do Brasil, historicamente vilipendiadas, que sofrem com a invasão de seus territórios por empresários do agronegócio e do desmatamento, além da degradação ambiental das mineradoras nos recursos hídricos de nossas reservas.

Temos também que considerar a imensidade do nosso país, suas regionalidades distintas e o grande número de iniciativas, muitas remotas – algumas até desconhecidas por nós, que pode ser nem entrar em um primeiro mapeamento por falta de recursos e acessibilidade. Será um desafio conseguir apoiar todas de uma forma padronizada, principalmente no atual momento que vivemos de distanciamento social e crise sanitária.

A comunicação continuará sendo um desafio. Pretendemos buscar apoio para melhorar esta situação, bastante precária em muitas comunidades, e apoiar a formação de comunitários para a gestão das informações e relações com turistas, empresas e instituições.

Nos primeiros meses dessa nova fase, as atividades online do Bagagem já foram muito numerosas. É essa uma mera “coincidência” devido a atual pandemia, ou já fazia parte do plano da nova diretoria?

Sim e não. Dentro de nosso plano de trabalho, já prevíamos uma estratégia para a criação de vídeos com temas relacionados ao TBC, educativos e que traziam inspirações para as iniciativas e novas parcerias. Vimos que no passado muitas pessoas buscavam o Projeto Bagagem para ajudar com conteúdos relacionado ao tema, e agora poderíamos apontá-los para os nossos conteúdos digitais, por meio da promoção de debates e encontros entre agentes diversos e os comunitários. É claro que nossa ideia era ir até as comunidades, fazer entrevistas e apresentar as iniciativas mas, com a pandemia, decidimos investir na criação de conteúdo. Surgiu então esse formato que estamos fazendo hoje, de trazer 2 ou 3 pessoas para falar sobre temas específicos em cada evento virtual, que ficam gravados em nosso YouTube como conteúdo educativo aos interessados no tema.

Também já queríamos ter feito uma campanha de aporte financeiro pois, como toda ONG, nossos recursos são limitados. Com a pandemia, aliamos a nossa campanha ao apoio à REDE TUCUM, que está também vulnerável neste momento.

Além disso, para ajudar nos esforços da campanha e na visibilidade do trabalho do Projeto Bagagem no passado, contamos com o apoio de alguns de nossos parceiros para que, por meio de depoimentos, resgatassem a memória de nossas ações.

Quem se interessar em conhecer estes conteúdos é só acessar nosso canal no YouTube.

O Projeto Bagagem é uma organização sem fins lucrativos. Como pensam de sustentar as ações em suporte ao TBC?

Como dissemos, estamos estruturando algumas diretrizes de trabalhos conjuntos com empresas e instituições, visando apoiar as populações afetadas por esta pandemia, especialmente aquelas que tinham o turismo entre as suas principais atividades econômicas e estarão temporariamente impossibilitadas de continuar atuando com o turismo comunitário. Gostaríamos muito de que a partir deste canal, as entidades com este perfil entrassem em contato conosco para que possamos apresentar nossas estratégias.

Nosso contato: [email protected]

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