A matéria original foi publicada na Travindy no dia 05/03/2020.
Tradução para o Portuguese por Clara Carybe.
Inspirado no dia Internacional da mulher em 8 de março e na Ação Mulheres na Liderança da ATTA
A conferencista, pesquisadora, educadora e especialista brasileira Mariana Aldrigui desempenha múltiplos papeis no setor de turismo. Como pesquisadora de turismo no Departamento de Lazer e Turismo da Universidade de São Paulo, colabora com representantes de turismo na gestão de programas de estágio para cerca de 600 alunos de graduação. É também presidente do Conselho de Turismo da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) onde conduz pesquisas sobre a relevância econômica e social do turismo no Brasil. Além disso, é Coordenadora no país das ações da ONG Global Travel & Tourism Partnership, um programa educacional dedicado a inspirar estudantes na busca de uma carreira no setor de viagens e turismo. A equipe da ATTA se reuniram recentemente com Mariana no International Women in Travel & Tourism Forum (IWTTF), em Reykjavik, Islândia, entre 22 e 24 de janeiro de 2020 e tiveram uma conversa animada que inspirou esta entrevista.
Você pessoalmente enfrentou algum grande desafio de gênero ao avançar em sua carreira no turismo? Você o venceu? Como?
Trabalhar em um ambiente dominado por homens é desafiador. Optei por uma abordagem completamente diferente em relação ao sucesso na carreira e aos caminhos a percorrer, tentando não competir na mesma área e sim encontrar novos espaços para ocupar. Gradualmente, também os caminhos tradicionais também foram abertos para mim e outras colegas. Não posso dizer que já venci o desafio, ele está lá e estará lá por mais algum tempo, mas afirmar diariamente que nós [mulheres] temos o nosso valor é algo que está fazendo diferença.
Optei por uma abordagem completamente diferente em relação ao sucesso na carreira e aos caminhos a percorrer, tentando não competir na mesma área e sim encontrar novos espaços para ocupar.
Quais os fatores que na sua opinião desafiam a igualdade de gênero em culturas em que parece haver menos oportunidades para as mulheres em cargos de liderança ou empreendedorismo?
Para mim, a prioridade é encontrar mais mulheres e reuni-las para compartilhar suas vozes e impressões. Adoro usar o Twitter para encontrar pessoas com uma forte presença on-line e usar a mídia local para nos ajudar a divulgar mensagens. Também sei que a mudança não vai acontecer rapidamente. Precisamos melhorar o acesso a programas de estágio e oportunidades para iniciantes. Neles a diversidade e a equidade são valorizadas nos primeiros degraus da carreira em qualquer organização, até que com o tempo aumentem e alcancem os níveis de diretoria.
Onde estão as oportunidades de ascensão das mulheres a cargos de liderança em turismo e que ações podem fazer para chegar lá?
Em todos os lugares que elas quiserem! Naturalmente se nós falamos sobre funções em posições de criação, isso parece mais óbvio, assim como todas aquelas relacionadas a gestão de equipe. Minha humilde sugestão é que encontrem inspiração em outras mulheres, todos os dias. Conheça-as, dê a elas alguma voz. É desanimador ver as mulheres que não pensam dessa forma e até preferem ter homens como chefes.
Esse é apenas um trecho. Leia a entrevista completa no site da ATTA: PERGUNTAS E RESPOSTAS: Mariana Aldrigui, especialista em turismo sustentável, compartilha os desafios e as oportunidades para as mulheres em posições de liderança
